domingo, 31 de outubro de 2010

Graciliano Ramos: Águas e Palavras

Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer.Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxaguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão.Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda do varal, para secar.Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso: a palavra foi feita para dizer.
Graciliano Ramos

domingo, 24 de outubro de 2010

DICA!





O livro Toda Mafalda traz aos leitores brasileiros todas as tirinhas da personagem mais famosa do argentino Quino. É uma delícia constatar que mesmo após 37 anos da edição da última tira, a menina prodígio ainda causa risos e reflexões sobre a nossa condição na sociedade. A exemplo da lobatiana Emília, Mafalda não perde uma única chance de dizer o que lhe vem à cabeça. Ótima leitura para os que andam repensando o mundo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

MAFALDA

A sopa é para a infância o que o comunismo é para a democracia!
                                                   MAFALDA

domingo, 10 de outubro de 2010

A CASA DO RIO VERMELHO

Zélia Gattai conheceu o mundo todo ao lado de seu grande amor: Jorge Amado, observadora aguda da vida e das pessoas que mais tarde tornariam-se personagens de suas histórias, renegada por alguns críticos, mas, amada por aqueles que gostam de uma boa prosa, Zélia nos convida em: "A casa do rio vermelho" para compartilhar suas emoções com o grande escritor brasileiro e todos os intelectuais e artistas que o rodearam. O livro nos inspira saudade e delicadeza.Salve Zélia!
 Juliana Gobbe