Henriette e o historiador André Alves Januario no lançamento do livro sobre a Orquestra.
Confira a entrevista:
Ala Jovem- Como foi a sua primeira experiência como escritora?
HENRIETTE EFFENBERGER-Comecei a escrever na adolescência. O gosto pela leitura adquirido desde a infância acabou por levar-me a escrever. Primeiro alguns versos, depois crônicas e contos, que ficavam ( literalmente) engavetados. Muito mais tarde, quando eu já trabalhava no Banco ( antigo Banespa, atual Santander), criei coragem e comecei a enviar os trabalhos para concursos literários. Com algumas premiações importantes, passei a dedicar mais tempo à literatura.
Ala Jovem- Fale sobre sua trajetória dentro da ASES?
HENRIETTE EFFENBERGER-Sou sócia pioneira da ASES, isto é, faço parte do primeiro grupo de escritores que, incentivados por Lóla Prata, resolveu criar uma associação de escritores em Bragança Paulista. A primeira reunião ocorreu em 5 de junho de 1991 e a fundação da ASES seis meses depois, em 22 de fevereiro de 1992. Fiz parte da primeira diretoria como tesoureira, e de todas as demais que se seguiram nos mais diferentes cargos, inclusive na presidência que ocupei por duas gestões consecutivas. Atualmente sou Diretora de Eventos da ASES.
Ala Jovem- O que você pensa sobre a leitura em tempos digitais?
HENRIETTE EFFENBERGER-Acho que a leitura é de suma importância para crianças, jovens e adultos. Se ela é feita por intermédio do livro impresso ou digital, não faz a menor diferença. Importante mesmo é o poder transformador da leitura ( do pergaminho aos tablets).
Ala Jovem-Como se dá o seu processo de criação?
HENRIETTE EFFENBERGER-O meu processo criativo normalmente é despertado por um sentimento ( de amor, de indignação, de solidariedade, de abandono, etc), as palavras só vêm depois, quando me sento no computador ( antigamente, na máquina de escrever).
Foto Histórica do Cine Theatro Central em Bragança Paulista.
Ala Jovem- Como surgiu a ideia para a escrita do seu último livro?
HENRIETTE EFFENBERGER- Não gostaria que fosse o último, prefiro dizer o mais recente...rs. Foi um livro com embasamento histórico, não ficção, sobre o 80° aniversário da Orquestra Sinfônica de Bragança Paulista. Intitulado 80 anos de acordes em harmonia - Sociedade Sinfônica Amadores da Arte Musical - Nesse livro houve a importante participação do historiador André Alves Januário que realizou as pesquisas nos jornais locais e no acervo da Casa de Cultura Maestro Demétrio Kipman, mantenedora da orquestra e da fotógrafa Samanta A.Alves, que lindamente fotografou não só a orquestra atual, mas os diretores e as dependências da Casa de Cultura, um patrimônio que Bragança se orgulha em possuir. O livro, ao invés de ser dividido em capítulos, foi dividido em quatro movimentos, como o de uma sinfonia. No primeiro movimento, conto a história da formação da orquestra - que se originou com o fim do cinema falado. Os músicos da SSAAM faziam parte da orquestra que acompanhava os filmes mudos, que com a chegada do cinema falado ficaram sem função. O segundo movimento fala de um breve período de inatividade da orquestra, com a saída do maestro Demétrio Kipman seu fundador. O terceiro a retomada das atividades com a contratação do jovem maestro Fernando Amos Siriani e o quarto trata do nível atual da orquestra, sob a regência do Maestro Eduardo Ostergrein. Um espaço importante do livro é dedicado à Família Calzavara, esteio da orquestra desde o início com o envolvimento de Fábio Calzavara até os dias atuais quando seus filhos, Walkir ( atual presidente da Casa de Cultura), Victório e Fábio Calzavara Júnior assumem a responsabilidade pela liderança da Casa de Cultura. Não tenho a menor dúvida que se não fosse a família Calzavara a orquestra não teria atingido o nível que se encontra e, talvez, nem tivesse completado os 80 anos de história.
Formação inicial da Orquestra: 1.931.
Formação atual da Orquestra.
Ala Jovem- Quais são os próximos projetos literários?
HENRIETTE EFFENBERGER-Tenho prontos três livros infantis, um de poesia e dois romances inacabados. Então, vamos ver quais desses projetos vêm à luz primeiro!
Abraços,
Juliana Gobbe.
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