Há 115 anos nascia na Alemanha o artista multifacetado Bertold Brecht. Sua obra ainda hoje demanda grande interesse por parte de estudiosos de áreas diversas. Brecht navegou pelo cinema, teatro e poesia. Dono de uma ironia aguda... fez de seus textos grande deleite oposicionista da sociedade vigente. Com um pensamento nenhum pouco dogmático embrenhou-se nas fundas camadas da ensurdecida república de Weimer.
A luta de classes, a condição miserável da vida operária, a fragmentação do homem pela tecnologia eram assuntos recorrentes tanto no teatro como na poesia. Costumava dizer que o escritor que se preze deve estar totalmente comprometido com a verdade.
Seu teatro num primeiro momento chamado de "épico" ganharia mais tarde a classificação pelo próprio autor de "teatro dialético". Todas as suas peças ainda hoje são extremamente atuais em virtude da temática abordada por elas: O ser humano e sua sobrevivência no sistema capitalista.
Já na poesia o autor alemão denominava-se "lírico" embora quem as leia descubra nelas altas doses épicas com pitadas amargas da típica ironia brechtiana.
Brecht é vendaval...acordando nossa indignação diante das injustiças do mundo. Pensando nele escrevi o livro: Óculos de Marfim...singela homenagem.
Pausa para Brecht
galinhas e pães
levam muita gente pra cadeia
levam muita gente pra cadeia
em Brasília faz 40 graus
todos usam óculos
Abraços,
Juliana Gobbe
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