Meses do inverno frios
qu'eu amo a todo amar,
meses dos fartos rios
y o doce amor do lar.
Meses das tempestades,
imaxen da delor,
que afrixe as mocedades
y as vidas corta en frol.
Chegade, e trás d'outono
que as follas fai caer,
nelas deixá que o sono
eu durma do non ser.
E cando o sol fermoso
d'abril torne a sorrir,
que alume o meu repouso.
Rosalia de Castro
delor - dor
afrixe-aflige
frol-flor
Abraços,
Juliana Gobbe
Fonte: Gramática Pedagógica do Português Brasileiro (Marcos Bagno).
Juliana Gobbe
Fonte: Gramática Pedagógica do Português Brasileiro (Marcos Bagno).
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