domingo, 29 de maio de 2011

Literarte

No último sábado o Colégio Paulistano ( Atibaia -SP) exaltou a cultura brasileira através da IX Literarte. A feira cultural produzida por professores e alunos atraiu um grande público que apreciou danças, exposições, oficinas literárias e filmes.

                                                     Foto: Juliana Gobbe
     Carlos Assim ( Gestor do Colégio) e Clarice Malerba ( Coordenadora pedagógica)


                                                         Foto: Juliana Gobbe
 Quadro pintado por aluno.

                                                          Foto: Juliana Gobbe
                               Crianças se animam...usando pintura indígena.

                                                         Foto: Juliana Gobbe
                                As danças folclóricas embelezaram a feira.

                                                                       Foto: Juliana Gobbe
                   A professora Cris Santos ( uma das organizadoras do evento).


                                                         Foto: Juliana Gobbe
       A professora Marisa Ribeiro organizou junto com os alunos um dicionário tupi.


                                                                      Foto: Juliana Gobbe
                                A professora Isabela e a aluna Mariana.




O Brasil e suas manifestações culturais devem permanecer na pauta daqueles que realmente se interessam por suas lendas mil.

Abraços,

Juliana Gobbe

terça-feira, 24 de maio de 2011

Um país de Policarpos.

 No próximo sábado faremos uma nova oficina no nosso espaço de criação literária: Um país de Policarpos:  A proposta temática norteia-se por algumas reflexões sobre a obra de Lima Barreto: "Triste fim de Policarpo Quaresma" destacando o personagem principal como um artífice utópico na busca de uma identidade nacional.







"A grandeza de Lima Barreto reside justamente no ter fixado o desencontro entre um ideal e o real, sem esterelizar o fulcro do tema - no caso o protagonista idealizador - isto é, sem reduzi-lo a símbolo imóvel de um só comportamento."
Alfredo Bosi.

Local: Biblioteca Municipal de Atibaia
Dia: 28/05/11
Horário: 10h
Entrada Franca
Entrega de certificado de participação.

Abraços,

Juliana Gobbe

sábado, 14 de maio de 2011

Bertold Brecht: A desconstrução do acaso.

 Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilônia, tantas vezes destruida...
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
foram os seus pedreiros? A grande Roma
está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
triunfaram os Césares? A tão cantada Bizânci...
só tinha palácios para os seus habitantes?
Até a legendária Atlântida
na noite em que o mar a engoliu
viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Indias
sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos...
Quem mais a ganhou?
Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias...
Quantas perguntas.

Bertold Brecht



Nos arcabouços da História...dançam os heróis distraídos.Quem são eles? Projetos da esterilidade planejada? Vestígios da mentira secular? Artífices do óbvio? SÃO...e isso lhes conforta...eximindo-os de qualquer estreitamento com o povo, exemplo de magnanimidade e excelência.


Abraços,


Juliana Gobbe.

domingo, 8 de maio de 2011

PESSOA EM INTERTEXTO.




MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
 
Fernando Pessoa

 
OLHOS NEGROS
 
Ao despertar foi pra varanda...
olhos negros que focavam o horizonte
                                       [azul]
Perdeu-se na infinitude daquelas
                                     [águas]
Olhou além e viu o céu...
Perdeu-se ainda mais.

Mariana Gabrielle Vitor e Silva



Abraços,

Juliana Gobbe